Lançamento do CD SONORIDADES – QUARTETO SONORO
Em atividade desde 2009, o Quarteto Sonoro é um grupo instrumental de música brasileira que une a diversidade de ritmos da música popular em arranjos elaborados especialmente para este quarteto composto de flauta, cello, violão e piano, criando uma sonoridade única para esta formação.
Formado pelos músicos Daniel Allain à flauta, Liliana Bollos ao piano, Sérgio Schreiber ao violoncelo e Fernando Corrêa ao violão e arranjos, o QUARTETO SONORO interpreta obras de Tom Jobim, Villa-Lobos, Edu Lobo, Bororó, Toninho Horta, Chico Buarque, Vinicius de Moraes, John Lennon, McCartney, Liliana Bollos e Fernando Corrêa, em arranjos elaborados e inéditos.
A palavra “sonoro” denota um pouco esta sonoridade tão especial que o quarteto busca, no convívio harmonioso entre os instrumentos e arranjos surpreendentes do violonista Fernando Corrêa, escritos especialmente para o grupo.
O quarteto foi contemplado através do edital Programa de Ação Cultural 2009 da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo para circulação de seis concertos no estado de São Paulo, tendo se apresentado no Conservatório de Tatuí, no Teatro Municipal de Americana, no Teatro de Convivência de Campinas, nos SESI Osasco e Santo André e na Fundação das Artes em São Caetano do Sul. Também se apresentou no SESC Itaquera (2009), Santo Amaro e Bom Retiro (2013) e no projeto SESI Música nas cidades Itapetininga, Rio Claro, Piracicaba, Franca.
O resultado deste trabalho é o lançamento do primeiro CD do grupo em 2015, SONORIDADES, contemplado pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura. Conheça o projeto clicando aqui.
Um pouco mais sobre os músicos do QUARTETO SONORO:
Daniel Allain – flautista e saxofonista, estudou flauta com João Dias Carrasqueira e seu filho Toninho Carrasqueira, saxofone com Roberto Sion e Demétrio Lima e harmonia popular na Fundação das Artes de São Caetano e com Cláudio Leal Ferreira. Atualmente cursa o Bacharelado em Música na ECA/USP. Participou de várias bandas e orquestras como a Orquestra Sinfônica da Paraíba (1984-89), onde gravou 3 CDs sob a batuta do Maestro Eleazar de Carvalho; Úvulas Ardientes, grupo de música experimental (1986-89); Banda Mexe com Tudo (1990-92) e Banda Mistura e Manda (1992-94). Ao longo de sua carreira participou de shows e gravações de artistas como Dominguinhos, Ivan Lins, Passoca, Vania Bastos, Sergio Reis, Leandro e Leonardo, Antonio Nóbrega, Nelson Sargento, entre outros. Como professor de música e flauta atuou na EMESP (2010), no Conservatório Musical de João Pessoa/PB (1987/88), além de mais de 50 alunos particulares ao longo de sua carreira. Seus trabalhos atuais são Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, onde atua como primeiro flautista e solista (desde 1997); Papo de Anjo, grupo de choro (desde 1997) com o qual gravou o CD Sarambeque; e Quarteto Sonoro (desde 2009).
Liliana Bollos – pianista, é doutora em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, mestre e bacharel em performance (piano jazz) pela Kunst Universität Graz (Áustria) e bacharel e licenciada em Letras pela USP e é formada em piano clássico pelo Conservatório Maestro Francisco Cônsolo. Já se apresentou com Alaíde Costa, com o escritor Ruy Castro & Sabá Quinteto (Projeto Bossa Nova), com o Duo Fel & Orquestra Sinfônica de Santo André, com o Coral USP (sob a regência de Thiago Pinheiro). Na Áustria, integrou o Fernando Corrêa Quarteto, o septeto Swing Collection e atuou com os cantos Mark Murphy e Melanie Bong. É autora dos livros Bossa Nova e Critica: polifonia de vozes na imprensa (Annablume/Funarte, 2010), premiado no edital Prêmio Funarte Produção Crítica em Música e Clara na música popular (Ed. Som, 2011), além de diversos artigos acadêmicos. Já foi professora da Faculdade de Música Carlos Gomes (1997-2009) e professora do Conservatório de Tatuí, do Festival de Música de Ourinhos (2005) e no Curso de Férias de Tatuí (2007). Atualmente é professora da FACCAMP onde coordena o curso de Pós-graduação Lato Sensu em Música Popular e também desenvolve o Pós-doc sobre Harmonização no Piano Complementar na EMAC-UFG (2014-15). www.lilianabollos.com.br.
Sérgio Schreiber – bacharel em violoncelo pela Faculdade Mozarteum de São Paulo. Foi aluno de Watson Clis e Antonio Del Claro, fez cursos de aperfeiçoamento com Bernhard Greenhouse e participou da master class dos cellistas Yo Yo Ma e Antônio Menezes. Foi membro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) de 1989 a 1994. Desde 1995 é concertino do naipe de violoncelos da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP), tendo se apresentado como camerista a OSUSP na Suíça em setembro de 2002. Já atuou com diversos artistas como Edu Lobo, Dori Caymmi, Francis Hime, entre outros. Foi professor do Festival Eleazar de Carvalho em Fortaleza (2004). Atualmente é Spalla da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, integrante da OSUSP, membro da Camerata Brasiliana e membro da Bachiana Filarmônica SESI-SP sob regência de João Carlos Martins.
Fernando Corrêa – guitarrista, compositor e arranjador, é mestre e bacharel em guitarra-jazz pela Kunst Universität Graz, Áustria e em violão clássico pelo Conservatório Carlos Gomes de Campinas. É integrante de Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo desde 2000, professor de guitarra da Faculdade Santa Marcelina e desenvolve também trabalho autoral, tendo gravado 4 cds – Dez arranjos (2012) com o Fernando Corrêa Septeto, Fernando Corrêa (2002), Marea (1996) e Em Contraste (1996)e três livros didáticos, Estudo rítmico sobre Coltrane (2010), Guitarra 1 Projeto Guri (2011) e Improvisação para guitarra e outros instrumentos (2004). Já atuou com diversos artistas como Mark Murphy, Alaíde Costa, Nenê, Vinícius Dorin, Banda Savana, Zizi Possi, Roberto Sion e Rosa Passos, entre outros. É autor de diversos arranjos para diversas formações como a Orquestra Jazz Sinfônica, Big band Soundscape, Orquestra Sinfônica de Campinas e Banda Jazz Sinfônica de Diadema, Grupo Comboio entre outras. Além do Quarteto Sonoro, é integrante do Zeli Silva Grupo, do grupo “Quebra Cuia” e do “Nóis é Trio” (com Marinho Andreotti e Pércio Sápia) e desenvolve projeto como arranjador e band leader da Big Band Atelier de la musique. www.fernandocorrea.mus.br
Um pouco da visão dos músicos sobre o projeto Sonoridades:
O Sonoro é mais um grande desafio na minha carreira de músico. Tocar no Sonoro é muito diferente dos trabalhos que costumo fazer; é um trabalho camerístico, todo acústico. O violão tem que exercer diferentes funções; acompanhar e solar e em várias situações tive que buscar uma sonoridade a mais próxima possível do violão clássico para compatibilizar com o estilo e com a instrumentação. Fazer os arranjos para este repertório e para esta formação, foi uma árdua, porém, prazerozíssima tarefa. A formação é relativamente pequena, mas é muito difícil encontrar o equilíbrio ideal. Procurei explorar os espectros sonoros de cada um dos instrumentos e dispô-los em em diferentes funções. (Fernando Corrêa)
O título SONORIDADES denota diversidade de cores, timbres, instrumentos, harmonias, enfim, uma polifonia de vozes (já me parafraseando) entre flauta, piano, violão e violoncelo através dos arranjos de Fernando escritos especialmente para o grupo. No Quarteto Sonoro encontramos um balanço entre harmonização, musicalidade, improvisação, rigor, técnica, criatividade. É a felicidade!!! (Liliana Bollos)
Gosto da formação do quarteto, totalmente acústico – cello, piano, flauta e violão. Permite uma interpretação mais “camerística” da música popular. Alia-se à formação os arranjos precisos do Fernando Corrêa. Temos uma música repleta de “sonoridades” distintas que se mesclam harmonicamente. Equilíbrio entre melodia e harmonia, graves e agudos, timbres, toques, sopros, dedilhados e arcadas. (Daniel Allain)
A música de câmara, por tradição e pela sua própria natureza, é o terreno mais adequado para uma vivência musical mais reflexiva e intimista. O Quarteto Sonoro, com essa formação um tanto quanto incomum, faz música de câmara a partir da tradição da música popular. Espero que todos gostem. (Sérgio Schreiber)